“O poder é efêmero”, com essa frase clássica que alerta para o fato de os cargos políticos, eleitos ou nomeados, terem curta duração, o vereador Luís Carlos Dudé (MDB), atual líder da prefeita Sheila Lemos junto aos seus pares da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, começa a responder à pergunta feita pelo blog Anderson Oliveira se ele continuaria na liderança na volta dos trabalhos legislativos.

E completou: “Eu disse a prefeita, desde o ano passado, que ela deveria fazer umas alterações, algumas mudanças, como ela fez, ele teve Ivan, ele Chico, ela teve Nildo (todos líderes por algum tempo) e teve a mim, então acho que há outros colegas que merecem ser líder da prefeita, até por razões pessoais (minhas)”.

Apesar de ter sinalizado que abriu mão da liderança na Câmara, Dudé diz que continua fechado com Sheila. “É a minha candidata a prefeita, do grupo que eu ajudei – e ajudei muito – a criar, desde 2016, com meu querido e saudoso ex-prefeito Herzem Gusmão, continuei em 2020 e continuarei agora, no mesmo grupo, sendo, inclusive, candidato à reeleição”, afirmou. Sobre o partido pelo qual será candidato, ele não deixou claro. Falou que está no MDB e espera que a ameaça de expulsão do partido tenha sido superada e que ele vai tentar não errar.

Anderson quis saber quem teria o perfil ideal para ser vice na chapa da prefeita Sheila Lemos e Dudé disse que o perfil é o “ela escolher. Quem escolhe no noivo ou a noiva é quem vai casar. Acho que Sheila tem experiência suficiente para isso (escolher) e acredito que ela, logo depois do carnaval, estará anunciando quem será seu vice”. Dudé reclamou de quem está pressionando para a prefeita definir o outro nome da chapa com base nos nomes apresentados. Para ele, essa definição deve ficar para depois.

De olho no futuro

“Eu desconheço essa coisa de candidatura de vice. Pela primeira vez eu estou vendo isso aqui em Vitória da Conquista, coisa que nunca houve. A candidatura é de prefeito, depois você constrói internamente a candidatura de vice. Mas, pode ser que as coisas tenham mudado e eu tenha parado no tempo, o que eu não acredito. Eu tenho buscado sempre sabe”, ressaltou.

O emedebista foi além e criticou quem, segundo ele, está forçando a barra. “Acho que discussão de vice se faz dentro de grupo, sem estar colocando nenhum tipo de candidatura, sem forçar a barra para que seja Anderson, fulano ou beltrano. Isso é descabido. Não vejo, por exemplo, as candidaturas que estão colocadas, como a de Lúcia Rocha, de Waldenor, falando de vice. Eu só estou vendo essa coisa de dizer ‘porque a vice, porque a vice’ (no lado de Sheila). Acho que isso é desnecessário. Vice é um entendimento que deve tem que tem por dentro, não de fora para dentro”, argumentou Dudé.

E ele foi enfático ao afirmar que não há espaço para interferências externas, a exemplo das que chegam da capital do estado: “Vitória da Conquista nunca precisou de Salvador, ao longo da história, para definir sua vida política. Quando ela foi definida com interferência de Salvador, deu errado”. E pediu juízo aos políticos locais para que “as coisas de Vitória da Conquista sejam definidas em Vitória da Conquista”.

O BLOG DE GIORLANDO LIMA fez contato com Luís Carlos Dudé e pediu maiores esclarecimentos sobre a entrega da função de líder da prefeita na Câmara de Vereadores. Ele respondeu: “Anderson me perguntou se eu havia entregado a liderança e eu disse que havia conversado com a prefeita já há alguns dias. Acredito que ela deva colocar alguém em meu lugar. Preciso cuidar da minha vida um pouco: rádio (programa na Brasil FM), família e campanha”.

ATUALIZAÇÃO: Hoje (25), pela manhã o vereador informou que não deixará a liderança. “Repensei e resolvi permanecer na liderança. Pesaram na decisão, a relação de amizade e a nossa caminhada, especialmente agora, quando temos um ano de eleição e é importante estarmos juntos”, disse Dudé em mensagem ao BLOG.

Foto: reprodução a partir do Facebook da Câmara Municipal

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