Dengue cada dia pior: Vitória Conquista registrou quatro mortes e casos da doença chegam a quase 900 este ano

Sem contar esta semana, Vitória da Conquista teve este ano 890 casos de dengue confirmados e quatro mortes, duas confirmadas e duas ainda aguardando laudo da Câmara Técnica Estadual, incluindo a do médico Diego Oliveira Reis, de 28 anos, ocorrida ontem (5). Os números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) consideram a semana epidemiológica que se encerrou sábado (2). Até aquela data, o aumento nos casos da doença foi de 57,8 considerando o último boletim, que trazia dados até 24 de fevereiro.

Também houve um grande crescimento de pessoas doentes com chikungunya, na proporção de 63,6%, de 22 casos em 24 de fevereiro para 36 no dia 2 de março. Não houve alteração em relação à zika.

Infestação alta

Na segunda-feira (4), a Prefeitura divulgou o resultado do primeiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), de 2024 e o índice geral de infestação do mosquito nos imóveis do município é de 5,6%, classificado como alto risco e muito acima do índice de 1.1% registrado no último levantamento feito em 2023. O índice satisfatório é abaixo de 1,0%; o de média infestação de 1,0 a 3,9% e o de alto risco acima de 4,0%.

A maioria dos bairros registrou índices de médio e alto risco, sendo que as taxas mais altas de infestação foram registradas nos bairros Ipanema (33,3%), Recanto das Águas (21,6%), Jurema (14%), Campinhos (13,7%) e Morada dos Pássaros (11,9%). Foram coletadas amostras em 6.757 imóveis em 78 bairros e loteamentos da cidade. Mais de 90% dessas amostras com larvas do mosquito foram encontradas dentro de residências.

A SMS destaca que o atendimento aos casos suspeitos de síndrome gripal e arboviroses foi intensificado no município, com a implantação de Unidades Sentinelas em quatro unidades de saúde da cidade, situadas em bairros estratégicos: Ibirapuera, Morada dos Pássaros, Nova Cidade e Brasil. Nesses locais, o horário de atendimento foi estendido até as 22h, de segunda a sexta-feira.

De 26 de fevereiro, quando o modelo sentinela entrou em ação, até o dia 1º de março, foram atendidos 1.205 pacientes. Desses, 140 por motivo de síndrome gripal, compreendendo 12% de todos os atendimentos da semana, e os demais com suspeita de dengue.